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Registro de autoridade

Paulo de Moraes Barros

  • Pessoa
  • 16 jun. 1866 - 15 dez. 1940

Paulo de Moraes Barros foi um médico sanitarista e político brasileiro. Nasceu em Piracicaba-SP e em 16 de junho de 1866, filho do senador Manoel de Moraes Barros. Era sobrinho de Prudente de Moraes Barros. Formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1888 e trabalhou como delegado de higiene em Piracicaba, promovendo o saneamento da cidade e combatendo as epidemias que assolavam a região na época. De 1896 a 1913 foi vereador em sua cidade natal, assumindo por várias vezes a presidência da Câmara. Entre 1909 e 1911 foi deputado federal, exercendo o cargo de Secretário de Estado da Agricultura do Governo Rodrigues Alves. Foi reeleito deputado em 1927, exercendo a função até 1929. Em 1930 apoiou a aliança com Getúlio Vargas, tendo sido nomeado por este Ministro de Estado de Viação e Obras Públicas e, interinamente, da Agricultura. Durante o Movimento Constitucionalista de 1932, Paulo de Moraes Barros foi nomeado Secretário de Estado da Fazenda do Governo Pedro de Toledo. Foi um dos signatários do armistício de 2 de outubro, decretando o fim do movimento. Com a derrota dos paulistas, foi um dos líderes exilados. Após seu retorno ao Brasil, foi eleito Senador em 1935. Foi preso em 1937 durante a vigência do Estado Novo. Faleceu em São Paulo em 15 de dezembro de 1940.

Antônio Luiz Dias de Andrade

  • Pessoa
  • 1948-1997

Antônio Luiz Dias de Andrade, conhecido por Janjão, graduou-se em 1972 pela FAU-USP. Em 1974, cursou Especialização em Conservação de Monumentos e Conjuntos Históricos, oferecido por meio de parceria entre o Ministério da Educação e Cultura, o IPHAN, a FAU-USP e o CONDEPHAAT. Recebeu o título de mestre em 1984 com a dissertação "Técnicas Construtivas, Vale do Paraíba" e, em 1993, doutorou-se com a tese "Um estado completo que pode jamais ter existido", ambos pela FAU-USP. Foi professor do Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto da FAU-USP desde 1976. Realizou inventários para o CONDEPHAAT e foi indicado por Carlos Lemos para coordenar pesquisas sobre as técnicas construtivas da região do Vale do Paraíba entre 1976 e 1977. Foi diretor regional do IPHAN em São Paulo (1978 à 1994); membro do Conselho Consultivo do CONDEPHAAT entre os anos de 1978 e 1994; membro do Icomos desde 1981 e do Conselho Superior do IAB. Foi autor de vários artigos e textos sobre a história da arquitetura nacional e a preservação dos bens culturais; assim como de pesquisas e levantamentos sobre a arquitetura tradicional brasileira, em particular a identificação e documentação de cerca de 250 fazendas antigas no estado de São Paulo, realizado para a Secretaria do Estado da Cultura, da qual foi Consultor Técnico.

Aristides Pedro da Silva

  • Pessoa
  • 1921-2012

Aristides Pedro da Silva (1921-2012), mais conhecido por V8, nasceu na fazenda Atibaia, distrito de Sousas. Caçula de uma família de oito filhos, sua mãe, Presciliana Silveira, trabalhava para as famílias da elite local e seu pai, Benedito Pedro da Silva, era administrador de fazendas. Em meados de 1928, seus pais foram trabalhar na Fazenda Hotel Fonte Sônia, em Valinhos, de propriedade do então prefeito Orozimbo Maia, onde permaneceram até 1937, quando se mudaram para Campinas. Sua mãe montou uma banca no Mercado Municipal e seu pai faleceu nesse período. Antes de tornar-se fotógrafo, Aristides trabalhou na Leiteria Santana e na Fundição Gerin Neto. Além disso, também abriu um estabelecimento comercial, a “Lavanderia V8”, na casa onde residiu por quase toda a sua vida, na Rua Júlio Frank, no bairro do Botafogo. Anos depois, esta casa foi transformada em estúdio fotográfico. Seu interesse pela fotografia, há indícios, de que este teve seu início por meio da pintura. No período
em que vivia na Fonte Sônia, Aristides fez amizade com um hóspede francês que pintava e passou a acompanhá-lo pela fazenda carregando seus apetrechos. Essas excursões ajudaram a moldar o seu olhar e a despertar o gosto pela arte. Desta forma, ainda jovem, cursou, por pouco tempo, uma escola de pintura em Campinas. Foi registrando partidas de futebol que V8 começou a fotografar em 1947. O futebol era a outra paixão de Aristides: jogou como amador e foi técnico do juvenil do Guarani F. C., entre 1950 e 1960. A origem do apelido de Aristides é um tanto vaga. A raiz está no logotipo do Ford V8, cujo desenho de um V (referência à forma do possante motor com oito cilindros) constava nos carros da indústria. Segundo Aristides, seu irmão ganhou este apelido no campo de futebol devido ao recorte do seu calção de jogador. Tempos depois, o apelido foi transferido para ele, Aristides, o irmão mais novo. Outra versão da origem do estranho apelido, mais condizente com a sua trajetória de fotógrafo, é que o referido desenho figurava em uma de suas máquinas fotográficas. Aristides não se casou e não teve filhos. Dedicou-se a cuidar de sua mãe na casa da Rua Júlio Frank até 1967 quando se deu o seu falecimento. Continuou no mesmo endereço até 2004, quando foi morar em São Paulo, sob os cuidados de familiares. V8 faleceu em 1º de setembro de 2012, devido à problemas decorrentes da idade avançada e foi sepultado na capital do Estado.

Ermelinda Dias Rosa

  • Pessoa
  • 31 dez. 1910 - 10 maio 2000

Ermelinda Dias Rosa nasceu em Campinas, em 31 de dezembro de 1910 e faleceu em sua cidade natal, em 10 de maio de 2000. Seus pais, Alberto Joaquim Rosa e Ermelinda Ferrer Dias Rosa, imigrantes vindos de Portugal, em 08/04/1895 (Livro 48/pg. 36 - Memorial do Imigrante). Após o falecimento de sua mãe, seu pai, zelador da Loja Maçônica de Campinas, teve o apoio das filhas, bordadeiras, para ajudar no sustento da família. Posteriormente, Ermelinda Dias Rosa formou-se professora na Escola Normal (atual Escola Carlos Gomes). Lecionou em vários colégios de Campinas, participando da organização e atuando como professora da Escola da Chácara da Barra-Vila Estanislau, hoje, Bairro Cambuí. Em 1932, com a Revolução Constitucionalista em curso, inscreveu-se como voluntária e trabalhou nos Correios, separando correspondências, provenientes de famílias dos jovens combatentes, a serem enviadas para o front. Naquele mesmo ano também participou da Campanha “Ouro Para o Bem de São Paulo” e fez curso de Enfermagem de Emergência do Professor Raul Briquet, visando ir também ela para o front, o que não aconteceu.
Professora Ermelinda sempre trabalhou implantando escolas e dando cursos pelo estado de São Paulo com seu cunhado José Cardoso – também professor e casado com sua irmã Aurora - e juntos ministraram cursos para normalistas em Ana Rech/Caxias do Sul, interior do Rio Grande do Sul.
Em sua vida familiar, Ermelinda Dias Rosa, solteira e sem filhos, ajudava a todos com sua presença amiga e dedicou-se em cuidados especiais à sobrinha-neta Lucia Helena Torres, por ter sido esta cadeirante.
Ermelinda Dias Rosa foi acometida por uma doença vascular, e, em consequência deste quadro, teve as pernas amputadas, tendo vivido por quatro anos em cadeira de rodas. Embora este tenha sido um período difícil, ela permaneceu esbanjando lições de vida. Morreu em casa, deixando muita saudade. (Texto adaptado. Escrito por Maria Cecilia Cardoso Benatti, em fevereiro de 2018, com base em relatos de sua mãe, Aurora, e de suas tias Albertina e Ermelinda).

Marlene Sant’Anna Reimann

  • Pessoa
  • 22 de outubro de 1937 -

Marlene Sant’Anna nasceu em São Paulo no dia 22 de outubro de 1937, filha de policial militar Cel. João José de Sant’Anna e Oracina Sant’Anna. Casou-se com Walter Reimann e tiveram três filhos: Stella, Walter e Elizabeth. Residiram na Av. Barão de Itapura, Campinas, SP, de 1945 a 1995, quando a deixaram devido à venda por herança.

Carlos Cristóvão Zink

  • Pessoa
  • 10 de maio de 1879 - 01 de agosto de 1964

Nascido no dia 10 de maio de 1879 na cidade de Rio Claro filho do Pastor J. J. Zink. Foi o quinto filho e o terceiro homem da família. Uma de suas irmãs é a diaconisa Sophie Zink, a primeira brasileira da Casa Matriz de Diaconisas de Kaiserswerth. Aos 10 anos sua família se muda para Campinas, onde seu pai J.J. Zink funda uma comunidade luterana nos moldes da que havia fundado em Rio Claro.
Aos 13 anos - próximo aos 14 anos - Carlos é enviado para a Alemanha onde estuda na Armenschullehrer-Bildungsanstalt em Lichtenstern próximo a Heilbronn. Local de formação de professores para crianças evangélico-luteranas pobres tanto na Alemanha como no exterior. Após três anos tendo acesso à educação musical, entre outras disciplinas, Carlos volta a Campinas em meados de julho de 1896, aos 17 anos de idade. Logo após à sua volta, começa a lecionar em uma classe com mais de 40 alunos no colégio que seu pai fundara anos antes. É o início de sua carreira de 66 anos como professor. Além do ensino fundamental, Carlos C. Zink também dá aulas de grupo de ginástica e teatro. Em outubro de 1954 o Professor Carlos Zink escreve um texto em alemão que ele denomina de “minha biografia“. O texto de uma página e meia relata sobretudo sua própria vida e sobre o trabalho do pai. O texto termina com a frase: “Enquanto eu tiver forças suficientes, pretendo dedicá-las totalmente à escola, até que algum dia venha o chamado de cima: ‘agora chega, vamos terminando por aqui. Carlos Zink, hora de descansar!’
Tendo a música como elemento importante em toda sua vida, de volta a Campinas em 1898, ele se torna regente de dois corais: o Eintracht (hoje Clube Concórdia) e o Edelweiß. Paralelamente ainda dá aulas de piano. Com apenas 20 anos de idade, Carlos assume a direção da escola em Campinas, onde por conta da pouca idade tem dificuldades em obter a confiança dos pais dos estudantes. Para impor mais respeito ele se casa com a filha do Pastor Müller, também missionário da Casa da Missão na Basiléia, que veio ao Brasil em 1874 a convite do Pastor Zink para assumir a Comunidade de Pires de Limeira. Funda um coral juvenil em 1909. Mais tarde escreve hinos especialmente para os corais.
Após 66 anos dedicados ao magistério, Carlos C. Zink falece aos 85 anos no dia primeiro de agosto de 1964 ao lado de sua a mulher e os nove filhos reunidos.

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