Criado em 1985, o Centro de Memória-Unicamp (CMU) coloca-se como o mais importante espaço interdisciplinar de salvaguarda e pesquisa referente à memória e à história da cidade de Campinas (SP) e região, tendo sido idealizado pelo Prof. Dr. José Roberto do Amaral Lapa. Por meio de seu acervo, formado por conjuntos documentais públicos e privados, de naturezas institucionais e pessoais, preserva valiosas fontes primárias que embasam estudos de pesquisadores de diferentes áreas, não somente universitários, em nível nacional.
Ao longo de sua história, a missão preservacionista do CMU refletiu uma organização dos conjuntos que priorizava os gêneros documentais, levada à cabo por meio de setores especializados em seu tratamento. Com a nova certificação ocorrida em 2015, o Centro passou a ser estruturado por meio de fluxos integrados de trabalho (atendimento, processamento técnico, documentação digital, laboratório de conservação e restauro e biblioteca), reunindo novamente os conjuntos e garantindo ao pesquisador, de forma plena, a integridade do conhecimento e acesso aos itens.
Em 2018, com o apoio do Programa de Ação Cultural (PROAC) da Unidade de Fomento à Cultura da Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo (Edital PROAC nº 19/2018 – Concurso de apoio a Projetos de Difusão e Acesso em Arquivos Permanentes no Estado de São Paulo), o CMU iniciou um amplo projeto de disponibilização de seu acervo para acesso on-line. Para tanto, de início, optou-se pelo tratamento e inserção do conjunto documental de Adolpho Affonso da Silva Gordo (Piracicaba, SP, 1858 - Rio de Janeiro, SP, 1929), importante figura no contexto político da transição do Império para a República no Brasil, constituído em sua totalidade por mais de 5 mil itens dos gêneros textual, iconográfico e bibliográfico, datados entre 1835 e 1970.
O projeto pautou-se na criação de um ambiente seguro de preservação e acesso a partir de softwares livres e gratuitos: o Archivematica, atuando como Repositório Arquivístico Digital Confiável (RDC-Arq), concatenado com o AtoM (Access to Memory), como Plataforma de Descrição, Difusão e Acesso, ambos desenvolvidos pela empresa Artefactual System, sendo o último em parceria com o ICA (International Council of Archives). Como parâmetro de descrição, o CMU adotou a ISAD(G) – Norma Internacional de Descrição Arquivística (2000), estabelecida pelo ICA e, também, a NOBRADE – Norma Brasileira de Descrição Arquivística (2006), estabelecida pelo Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ).
A partir do conjunto Adolpho Gordo, o CMU inaugura uma nova fase na sua história de mais de três décadas ao dar acesso digital ao seu acervo, unindo as descrições arquivísticas aos itens digitalizados. Com isso, procuramos reforçar nossa missão institucional de preservar a memória e a história brasileiras, caminho profícuo para a (re)construção de nossas identidades.
CRÉDITOS
Equipe
Profa. Dra. Maria Alice Rosa Ribeiro
Alessandra Andrade França Barbosa
Ana Cláudia Cermaria Berto
Ema Rodrigues Camillo
Jeisel Licursi Meira Lima
João Paulo Berto
Marli Aparecida Marcondes
Sinara Barbanti
Vinicius Bressan Coghi
Estagiários
Aline Borges
Caroline Fazio
Douglas da Silva Rufino
Érica Priscila Cardozo de Farias
Gabrielle Caroline dos Santos Garcia
João Guilherme Souza dos Santos
Ligia Cruz Ruiz
Luciana Fernandes Silva
Marileide Rayane de Macedo da Silva
Marina Cruz de Albuquerque
Renato Borges Rosa
Stefanny Lopes da Silva
Susana Cristina Santos
Tainá Monteiro de Andrade e Silva