Os irmãos Henrique, Fernando e Augusto Arens, filhos de alemães, formaram-se em engenharia mecânica em Hamburgo, Alemanha, e estabeleceram-se no Rio de Janeiro, RJ, como importadores de máquinas para a lavoura e indústria. Em seguida, Fernando Arens veio para a província de São Paulo com o objetivo de expandir os negócios, e, por volta de 1877, foi fundada a Arens Irmãos. No início, a filial campineira dedicava-se apenas à importação e montagem, porém logo tornaram-se fabricantes de máquinas para beneficiamento de café, destacando-se em exposições nas quais competiam com as conterrâneas Lidgerwood Manufacturing & Cia. e a Cia. Mac Hardy. Em 1885 foi criada a Sociedade Beneficente Arens, uma corporação de auxílios mútuos que mantinha uma banda de música formada pelos operários da fábrica. Após o primeiro surto de febre amarela ocorrido em Campinas, SP, em 1889, a fábrica transferiu suas atividades para Jundiaí, SP, e a filial campineira foi extinta. Ao longo do tempo a companhia sofreu diversas alterações em sua organização, tornando-se uma sociedade anônima e recebendo diferentes denominações. Em 1891 as oficinas Arens Irmãos foram adquiridas pela Companhia Arens, empresa com capital de 2.000:000$000 (dois mil contos de réis) divididos em dez mil ações, tendo como presidente o Barão de Jaguara e mantendo Fernando como representante da família Arens no conselho fiscal. Em 1905 ocorreu a dissolução da sociedade da firma Arens Irmãos e seu acervo social, pertencente a João Antônio Henrique Arens, foi incorporado a Arens & Cia., constituída em sociedade com Fortunato Bulcão e Claudiano Pinna. Em 1913 foi sucedida pela firma F. Bulcão & Cia, sendo convertida em 1916 na Sociedade Anônima Casa Arens, que incluía Baron Ernest Taaffe como sócio solidário. A companhia teve um importante papel na constituição da Vila Arens, primeiro bairro industrial de Jundiaí.